terça-feira, 25 de setembro de 2007

O mito da Madre Teresa



O trabalho de Penn & Teller sobre o mito da Madre Teresa de Calcutá está tão provocatório quanto bem feito, demasiado até para não vir aqui parar. A peça é sustentada por dois livros que podem ser consultados clicando na respectiva imagem.


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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amigos amigos, satélites à parte











Desconhecia que a União Europeia estivesse a desenvolver um sistema de navegação por satélite completamente independente do NAVSTAR GPS norte-americano e do GLONASS russo.
O projecto chama-se Galileu e iniciou-se na visão de uma parceria com a ESA (European Space Agency) e grupos privados como a Alcatel, a Thales, as italianas Enav, Telespazio e a espanhola Aen. Contudo uma recente decisão ditou que o projecto fosse financiado na íntegra pelo orçamento europeu.
Um dos 30 satélites europeus que vão constelar a órbita terrestre já se encontra em funcionamento, esperam-se os restantes até 2013.

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também não há computadores grátis...

Artigo retirado do Diário Económico de 18/09/2007.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Palhaço também é artista








Confirmei hoje "como o Gel e amigos nos estão a dar uma "lição" de marketing viral".
No entanto, ficou-me a negligente omissão de Mikhail Kalashnikov na selecção de imagens com que nos iam presentiando ao sabor das músicas. A preteriação do sujeito acresce-se de gravidade quando nos encontramos no ano em que se celebra o 60º aniversário da famosa Avtomat Kalashnikova 1947. Para além do fogo de artifício e dos tiros de canhão, a celebração contou com as poéticas palavras do autor da obra-prima:

"Um fabricante de armas está vinculado às suas criações como uma mãe aos seus filhos"

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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

No Shangri-La

Shangri-La. Terra de suprema felicidade e permanente harmonia, perdida num vale algures nos imponentes e frígidos Himalaias. A harmonia social, cultural e religiosa emana do Lama, governante cuja mão sábia e gentil planta os frutos da estabilidade e da paz. O Lama supervisiona a vida diária dos seus súbditos, assegurando que pobres e ricos convivam harmoniosamente, longe do conflito de classes e das convulsões sociais que têm vindo a pautar a história Ocidental através dos séculos. Uma utopia instalada no Tecto do Mundo, entre os picos altos e inóspitos dos Himalaias, que ainda assim são férteis em mitos e lendas diversos enraízados numa cultura milenar, moldada pela mão hábil dos sucessivos Dalai Lama, encarnações de Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão. Uma existência culturalmente rica e pacífica, numa sociedade onde reina a justiça, a cooperação e o contentamento, orientada pelos mais elevados valores budistas.

Descrito acima está o cenário que a maioria das pessoas invoca quando pensa no Tibete: frio e inóspito, mas feliz. O último paraíso na Terra, violado e deturpado pela República Popular da China aquando dasua invasão em 1950, triunfo em 1951 e consolidação em 1959, evento que colocou o Dalai Lama e o seu séquito em fuga. Os vis e seculares comunistas chineses triunfaram facilmente sobre os bons monges indefesos, enquanto o mundo assistia, impassivo perante a devassa de Shangri-La.

No entanto, este cenário possui duas vertentes: Uma é um vertente mítica, e a outra é pura verdade histórica. A verdade histórica deste cenário reside no facto de as forças de ocupação chinesa terem levado a cabo, sob os mais variados pretextos, um vasto leque de atrocidades contra o povo e cultura tibetana. Por mais progressos que tenham sido obtidos com o fim do feudalismo teocrático, estes tornam-se questionáveis quando os novos senhores assumem as rédeas da opressão, usando pretextos e ferramentas diferentes.

A vertente mítica deste cenário encontra-se firmemente enraízado no paradigma ocidental, oculto pelo nevoeiro da História (ou pela falta de interesse no seu estudo) e pelas espessas nuvens da ignorância (consequência inevitável do primeiro). Shangri-La, que de acordo com os ingénuos cruzados do 'Salvem o Tibete', quais paladinos que não conhecem a sua causa, é isso mesmo. Shangri-La. Mas Shangri-La é afinal um local fictício, cujas características gerais descrevi no primeiro parágrafo. Poderá encontrar esta terra de felicidade suprema nas páginas da obra “Lost Horizon”, da autoria do norte-americano James Hilton, que imagina e passa para o papel a utopia dos himalaias. Mas é nas páginas da sua obra que a utopia começa e conhece o seu fim: longe das utopias, felicidade ou estabilidade, o Tibete é palco de violentos conflitos sociais e religiosos, onde a exploração do homem pelo homem conhece uma dimensão mais assustadora que aquela praticada durante a Idade das Trevas europeia. O Tibete dos bem-aventurados é, afinal, o Tibete dos servos e dos escravos, dos castigados, dos desesperados e dos prisioneiros do Karma. O Shangri-La é afinal, um cenário desolador, tão duro, exigente e cruel como os picos e vales esculpidos pela Terra há milhões de anos.

Prisioneiros do Karma

Karma, esse conceito budista que nos fala de vidas passadas, e da recompensa a ser colhida proporcionalmente ao nosso comportamento durante as nossas vidas. É no Tibete que a religião, afinal, Estado, impõe a forma mais horrível, inescapável e ridícula medida de controlo social: Um camponês, desafortunado trabalhador dos campos, de sol a sol, assim o é pois o seu Karma dita que esta é a justa retribuição pelos seus actos nas suas vidas passadas. Da mesma forma, um monge rico assim o é pois tal é a sua recompensa pelos seus actos nas suas vidas passadas, proporcional à sua conduta. É no Shangri-La que os indivíduos são tidos na qualidade de responsáveis por actos que não são os seus, evidenciando uma forma astuta de controlo social que rivaliza e supera o conceito do Mandato Divino da Monarquia Absoluta.

É no Tibete idílico que a justiça é administrada das formas mais cruéis. As amputações são frequentes, e a pena de morte é administrada indirectamente (o Budismo condena o homicidio, seja sob que pretexto for). É neste local em que a teocracia atinge um novo auge, que faz corar de vergonha a República Islâmica.

Que Fazer?

Os argumentos avançados por ambas as partes demonstram o ridículo da situação em que o povo tibetano se encontra. Se por um lado os pró-independência (que na sua maioria são, por ignorância, pró-teocracia) visam a restauração do Dalai Lama ao poder, obstante a ordem social representada por este, os pró-integração (ou pró-RPC) hasteiam a frágil bandeira da Democracia e do Progresso. E é nesta luta de vontades que se esquece ou se relega para uma posição de insignificância as vontades e expectativas do povo tibetano. As barbáries cometidas por ambos os lados do conflito são omitidas ou desmentidas, e cada facção tenta mostrar o seu Tibete como o exemplo perfeito, ou da vida simples e harmoniosa, despreocupada e estável, ou da sociedade antiga que se modernizou sob os auspícios de Pequim. Apenas a miséria, que grassa continuamente, parece não escolher lado: a sua presença é ubíqua na história do Tibete, seja qual for a bandeira hasteada em Lhasa.

A solução, de acordo com os valores do Direito Natural e os melhores valores do Direito Positivo, é deixar a decisão da soberania, e de quem deve governar ao povo tibetano. Só neste reside o poder e a competência para legitimar um regime, e é mediante a sua aprovação e supervisão que este deve exercer funções. O povo tibetano deve ser libertado dos Lamas e do Karma, assim como dos burocratas de Pequim.

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domingo, 16 de setembro de 2007

Quem é o Dalai Lama? (5)

P & T; BS! - H0LIER TH@N TH0U

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Fica por aqui a série de postas. Impressionou assistir à forma pueril como alguma esquerda se deixou seduzir por meia dúzia de lugares comuns sobre a felicidade e a vida, embrulhados em risos e sorrisos de pateta alegre.

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Quem é o Dalai Lama? (4)

Via o bitoque, deixo-vos este documentário:

CIA in Tibet 1
CIA in Tibet 2
CIA in Tibet 3
CIA in Tibet 4
CIA in Tibet 5
CIA in Tibet 6

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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Quem é o Dalai Lama? (3)

Ler também:

«Dalai Lama»: um ex-ditador no Diário ateísta

A quem interessa dividir a China e atiçar conflitos entre suas nacionalidades? de Duarte Pereira no Portal Vermelho.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Quem é o Dalai Lama? (2)

Para Daniel Oliveira, o facto de eu não concordar com a solução representada no Dalai Lama, significa que eu concordo com o problema do imperialismo chinês.

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domingo, 9 de setembro de 2007

Quem é o Dalai Lama?

Contra a despotismo e a tirania chinesa, o feudalismo teocrático budista.


















Na foto, um senhor ri-se de todos os bloggers que acharam que o Estado português tinha o dever de o receber oficialmente.
Para eles, e por divina incumbência, aconselha-se a leitura Friendly Feudalism: The Tibet Myth por Michael Parenti.

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sábado, 8 de setembro de 2007

Jornalismo dos cidadãos


















"É o caso da utopia do "jornalismo dos cidadãos", dentro da crise mais geral da comunicação social de referência, cuja leitura é substituída por uma "cultura de blogues", dispersa, opinativa, pouco rigorosa, extremista e de "causas", mas que cada vez mais funciona como fonte noticiosa e como pedagogia do debate público.

(...)

Não sei até que ponto se encontrará um qualquer equilíbrio que trave o lixo demagógico que hoje enche tudo impante da sua voz tecnológica e salve a "nossa cultura", mas não posso, em nome dessa mesma "cultura", deixar de valorizar o acesso de milhões à porta de um mundo que habita o "espírito", mesmo que assustado com tanta confusão."
José Pacheco Pereira

Estas linhas foram retiradas do Público de hoje. São interessantes porque a partir delas ficamos a saber que, para JPP: a única virtude destes espaços reside no seu livre acesso; a blogosfera é dispersa, opinativa, pouco rigorosa, extremista e de "causas", ao invés da comunicação social de referência.
Presumo que os erros da comunicação social de referência sejam a excepção que confirma a regra, assim como a assertividade na blogosfera.
Neste artigo de opinião, fica a ideia de que JPP quer guardar para as elites todo o espaço opinativo. Talvez se tenha esquecido que a principal virtude destes espaços é a livre discussão. E numa discussão a verdade impõe-se, ao contrário dos monólogos da comunicação social, onde a verdade é imposta.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Na festa do avante (9)

Por sugestão do Flávio, faço mais um post para fechar uma tese que me parece conclusiva e evidente. Um pequeno vídeo de uma manifestação conjunta entre o Partido Comunista da Federação Russa e o Partido Nacional-Bolchevique.

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Na festa do avante (8)

Acaba aqui a série de postas sobre os sórdidos convites endereçados pelo PCP para a festa do avante. O assunto ficou bem sintetizado aqui. Espero que envolvam o Partido Comunista Chinês e o Partido dos trabalhadores da Coreia do Norte na discussão sobre os preocupantes sinais de cariz fascizante na política de Sócrates.
A restante multidão que se divirta. A festa acaba por não servir para mais do que isso.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Na festa do avante (7)

















Por entre chauvinismo, o anti-semitismo e o conservadorismo que pulula no Partido Comunista da Federação Russa, há (porque há sempre) alguém que leva o bolo. O General Albert Makashov (já por duas vezes referido), é o felizardo.
Apanhei aqui a tradução de um artigo desse "senhor", escrito para o Nº 42 da Zavtra, a 20 de Outubro de 1998. Para melhor construírem uma ideia do que é a Zavtra, basta saberem que esta publicação também recebe escritos de Alexander Barkashov, líder da extrema-direita.
Aqui fica um excerto com as melhores cenas:

Usurers of Russia

"Who is to blame? The executive branch, the bankers, and the mass media are to blame. Usury, deceit, corruption, and thievery are flourishing in the country. That is why I call the reformers, yids.
Who are these Jews? In English they are called Jews, in French - Juif, and in Yiddish - yid.
Yid is not a nationality, yid is a profession. Balzac's Gobsek is a Juif, the Gogolian skinflint Plyuskhin is a yid. These images have become a permanent part of world literature. Whoever reads Pushkin, Dostoyevskiy, Gogol, or Shevchenko knows no other word to designate the ravager, the bloodsucker feeding on the misfortunes of other people. They drink the blood of the indigenous peoples of the state; they are destroying industry and agriculture.
They are destroying the Russian army and navy and its strategic nuclear forces. They accept the population's money to be kept in the banks and then give it away, leaving nothing for funerals, for rent, or for old age. Having taken over television, radio, and the press, they do not give a damn about the history and culture of the country that nurtured them, saved them from the furnaces and gas chambers of fascism, and took responsibility for educating them.
They grabbed whatever they could, and today they own 60 percent of Russia's capital. The concepts "Zionist" and "yid" are inseparable. The intelligentsia say "Zionist" but the people use Pushkin's word: yid. The concepts of Zionism and fascism are inseparable, and when they scare people with Russian fascism, it is the same as when a thief shouts: "Stop that thief!"
In all the synagogues, the heders and yeshivas, the Center for the Study of Judaism, the Jewish University imeni Maymonid, in the teachings of the rabbis and the Jewish teachings they read the Torah and the Talmud and speak about the superiority of "God's chosen" Jewish people over all the others, including Russian. And nobody from the Ministry of Justice threatens them.

(...)

It is a good thing that during that time of friendship with Germany they
(os respectivos progenitores) did not call me Adolph. (N.R. Se soubessem o que sabem hoje...)

(...)

When I see what the cosmopolitans are doing with my Motherland - Russia (the Soviet Union) - it makes my blood boil! The little devils "got me" with their threats in connection with the events of October 1993. I said that even after I died I would take at least a dozen yids with me to the great beyond. An eye for an eye!
We have figured out who is to blame. Now, what shall we do about it?"

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Na festa do avante (6)



















O Partido Comunista da Federação Russa é um partido de causas. Prova disso é este texto, fruto de uma discussão no comité central, que alerta o povo para a erosão da consciência nacional, da cultura russa e até para um genocídio étnico de que está a ser vítima. Tudo isto premeditado com minúcia por "democratas", de forma a assegurar o controlo dos recursos energéticos do país.
Mas não se pense que este chauvinismo barato põe em causa a dialéctica da luta de classes: "80% of property in Russia belong to eight ethnic clans. Moreover there is no Russian among them.", realça o partido no dito texto.
Para além do problema da acumulação de riqueza, consequência directa das contradições do capitalismo, acresce apenas que a riqueza não encontra a etnia correcta onde se acumular.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Na festa do avante (5)

"The palpable influence of the Jewish Diaspora on the outlook, culture and ideology of the western world is growing not daily, but literally by the hour. The Jewish Diaspora, which traditionally controlled the financial life of Europe, has become - through the development of its own market - the owner of the controlling stocks of all economic systems of Western civilization. The goals of “chosen-ness,” a predestination for world leadership and exclusivity, are so much a part of the religious dogma of the Jews that they have begun to exert a profound influence over the Western consciousness. Their messianic arrogance is sending its roots ever deeper and showing itself in ever more powerful forms. (...) Slav civilization represented by the Russian Empire that became the last opponent of Western hegemonism" G. A. Zyuganov

Os protocolos dos sábios de Sião reescritos por Zyuganov, no seu livro "Veriu V Rossiiu" (I believe in Russia).

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Na festa do avante (4)

"a ser verdade tal situação, é grave. Mas repare que não foi o PCFR - tanto a sua direcção ou um Congresso deste partido - que decidiu (supostamente) subscrever tal documento para banir as organizações judaicas mas um grupo muito reduzido de cinco deputados. E isso faz muita diferença." João Valente Aguiar

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Na festa do avante (3)

No dia do 60º aniversário da libertação do campo de Auschwitz, chegou à Duma uma petição enviada ao Procurador Geral, que propunha a ilegalização de todas as organizações judaicas. Esta petição foi assinada por 14 deputados do Rodina e 5 do PCFR. Foram eles: Nikolay Yezersky, Vladimir Kashin, Nikolay Kondratenko, Albert Makashov (o tal que ajudou a publicitar o livro do David Duke) e Sergey Sobko.
O texto foi também publicado no Rusí Pravoslavnaya, que mais não é do que um suplemento religioso do Sovyetskaya Rossiya (Rússia Soviética), um jornal sob o controlo do PCFR. Podem lê-lo aqui na íntegra.
Apesar do apelo da juventude comunista para expulsar do partido os subscritores, Zyuganov nada fez. E agora parece que vai dançar para o avante.

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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Na festa do avante (2)

Pedi a António Vilarigues, um comentário sobre a presença do Partido Comunista da Federação Russa na festa do avante. Eis um excerto da resposta: "Falei da Colômbia porque é uma situação que acompanho desde 1969 (quando li "Opções da Revolução da América Latina").
A situação na Rússia, e nomeadamente a actividade do PCFR, é algo em que estou quase a zero desde 1991. (...) O máximo que lhe posso prometer, sendo honesto comigo próprio e consigo, é que me vou informar."


Cá espero, pacientemente, uma tomada de posição sobre as actividades do PCFR. Até lá, e para facilitar a sua recolha de informação, irei postar um pouco mais sobre este partido. Para que nada fique por esclarecer.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Al-Qaeda

A Islamic Republic News Agency (IRNA) decidiu catalogar Bin Laden e a sua organização, como uma criação da CIA. A notícia aparece também aqui.
O betinho da família real saudita (o único dissidente) e a sua organização, são também analisadas neste documentário da BBC: "The Power of Nightmares"



Ficou-me na memória o power point de Rumsfeld apresentado na Fox News.

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domingo, 2 de setembro de 2007

Novo manual para os professores na Rússia



















Hoje no Público, Vasco Pulido Valente escreve sobre a nova hagiografia com que se vai leccionar o nacionalismo militante na Rússia. Eu partilho das suas preocupações. Acho até que deveria ser Vasco Pulido Valente a fiscalizar o livro, para garantir que não se esqueciam da "eliminação geral dos kulaks (10 milhões de mortos)". Números redondos para serem facilmente absorvidos pelos alunos e regurgitados nos exames.
Uma maneira de nunca nos enganarmos nestas lides da propaganda contabilística consiste em cuspir um número executável de mortos para quantificar uma atrocidade, isto é, para morrerem 10 milhões de kulaks, é preciso existirem pelo menos 10 milhões de kulaks.
Sobre a história do livro aconselho a leitura aqui e aqui.

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sábado, 1 de setembro de 2007

Na festa do avante

Quero reforçar a atenção que Tiago Barbosa Ribeiro deu no Kontratempos aos convidados do PCP para a festa do avante, acrescentando à lista o Partido Comunista da Federação Russa. O Flávio Gonçalves já tinha dado o mote aqui aquando da vinda do camarada Zyuganov. Eu é que não estava à espera que o PCP reincidisse na mesma falta de higiene.
Este "senhor", o camarada Zyuganov, teve a brilhante ideia de se aliar à extrema-direita: apoiando pessoas como Prokhanov, editor da Zavtra (uma publicação nazi); afirmando que os judeus são os culpados pela miséria que há na Rússia (1); dando rédea solta a Prokhanov e ao deputado comunista Makashov para convidarem David Duke a apresentar o seu livro, o "jewish supremacism", no museu Mayakovsky e falar da protecção da raça branca.
Também já tinha lido sobre isto pela mão de José Milhazes "o Partido Comunista da Federação da Rússia (...) reabilitou Estaline e misturou o estalinismo com ideologias da extrema-direita russa e internacional, onde estão presentes o nacionalismo mais cavernoso, o anti-semitismo, o racismo, etc."
O meu conselho é que não deixem que um bando de patetas e criminosos estraguem a diversão. Espero apenas que não abafem o caso.


(1) Statement by KPRF Chairman Gennady Zyuganov 23 December 1998 (published on website of KPRF under the heading "Official Information")

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