terça-feira, 15 de maio de 2007

Crimes de Honra e substratos culturais

O Islão e os crimes de honra

Os crimes de honra são frequentemente justificados (tanto por parte de quem os comete como por parte dos opositores do Islão) com recurso ao próprio Islão. Tal não se poderia encontrar mais longe da verdade: é possível encontrar a oposição manifesta dos cânones islâmicos, tanto no Al-Corão como na produção intelectual de vários académicos islâmicos, ao longo da história.

A premissa "O Islão consagra ou permite implicitamente os crimes de honra" é, portanto, falsa. A sua utilização pelos proponentes dos crimes de honra ou pelos detractores do Islão é inválida.

Substrato Cultural

As comunidades que no decurso da história se convertaram ao Islão não existiam no vazio cultural: tal é verdade para a Arabia, berço da religião e matriz cultural mais influente, como para a Indonésia, cuja influência islâmica tem raízes muito mais recentes. Possuíam culturas estruturadas, cujos valores diferiam em vários pontos com os que o Islão apresenta. Os crimes de honra são, portanto, um legado das sociedades pré-islâmica.

Existem, no entanto, diferenças entre a interpretação altamente racionalizada dos círculos teológicos, e a interpretação no que concerne a vertente popular da religião. Quando um indivíduo justifica um crime de honra com o Islão, encontra-se convicto da apologia deste em relação ao tipo de crime que cometeu, embora tal não corresponda à realidade.

1 comentário:

Diogo disse...

Para desopilar, um crime de silêncio:

Nos EUA - por trás de um grande Presidente está sempre um grande Procurador Geral

Dando uma fiel imagem da actual escumalha que governa a América, o Procurador Geral dos EUA, Alberto Gonzalez, depôs perante o Senado sobre a polémica demissão de oito procuradores federais que não apoiavam sistematicamente as políticas de Bush.

Gonzalez repetiu mais de cinquenta vezes que não se recordava da reunião onde a demissão de oito procuradores foi decidida.

Bush: O Procurador apresentou-se perante o Comité e prestou um depoimento muito cândido, respondendo de forma honesta a todas as perguntas que podia responder e aumentando a confiança que deposito nele para este cargo.

Jon Stewart: O Procurador Geral nem se lembra dos pormenores de uma decisão importante que andava a preparar há anos e que sabia que teria enormes repercussões políticas.

John Oliver: Realmente é difícil de compreender e foi por isso que o Presidente ficou tão bem impressionado.

Mais pormenores com Jon Stewart:

Vídeo – 4:54m