terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Boas festas

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O mercado da segurança

"That government is best which governs least" Thomas Paine

Deixo umas achegas epigrafadas (tão a ver a classe...) com uma frase que assenta que nem uma luva neste caso. É preciso deixar o mercado da segurança funcionar à vontade, sem burocracias nem estatismos.
Houve um monopólio conquistado por um senhor a quem o Correio da manhã chama "um dos mais importantes empresários da noite portuense" (sem mais considerações), que foi conseguído à custa de um investimento que se materializou em tacos, soqueiras e mão-de-obra especializada.
O proveitoso retorno do take-over do cais conseguído à lei da escassez durou e durou...até que uma nova empresa decidiu entrar no mercado e furar o monopólio. Se o empreendedorismo, per se, já é de louvar, acresce que desta vez o mercado já vale mais, e em vez de tacos e soqueiras, temos armas automáticas. A mão-de-obra teve que evoluir, e se não acompanhou vai ser engolida pela concorrência. Parece ser isso o que se está a passar.
Será que o Estado deve intervir neste mercado para proteger a segurança obsoleta e impedir o salutar desenvolvimento tecnológico?? Se a polícia conseguísse impedir este novo take-over, estaria a boicotar a livre iniciativa e a concorrência. Estaria a promover a obsolescência em detrimento da evolução.

«Não deixem os filhos saírem à noite porque não há segurança. Acabou a segurança na noite» dizem os familiares dos seguranças obsoletos.

É mentira. A insegurança só vai aumentar durante o período deste novo take-over. Depois ela vai diminuir drasticamente, e se calhar até para níveis inferiores aos anteriores, quando um dos grupos, o que tiver melhor pontaria, eliminar o outro e provar em concorrência que é capaz de prestar um melhor serviço em virtude das suas competências na área da associação mafiosa e tactical shooting. Como disse Alípio Ribeiro: "vai parar. Tenho a certeza disso". E depois de parar o mercado terá escolhido o melhor grupo para fazer a segurança.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Na blogosfera




Será que o liberalismo compreende qualquer coisa desde não meta o Estado ao barulho?
política, moral e liberdade, Kontratempos

É preciso jogar com as premissas do adversário, segundo as quais só o Estado é que é uma força coactora da liberdade individual, ignorando as outras relações de poder.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Filosofia Experimental

A Filosofia decidiu deixar o Cadeirão e sair à rua. A Filosofia Experimental, x-phi como alguns lhe chamam, desafia a forma como a filosofia é produzida: a partir do cadeirão, muitas vezes desligada das necessidades e daquilo que realmente preocupa os indivíduos. A Filosofia Experimental deseja conhecer se o pensamento dos filósofos se encontra, essencialmente, em sintonia com o pensamento dos restantes indivíduos.

A ler aqui (New York Times)

Blog Experimental Philosophy

Orweliano


"ADVERTÊNCIA
Embora a Biblioteca de Santa Cruz faça todos os esforços para proteger a sua privacidade, sob a Lei Pública Federal 107-56, USA PATRIOT ACT, os registos dos livros e de outros materiais emprestados por esta biblioteca podem ser obtidos por agentes federais."


Lembram-se disto?

U.S. Government Subpoenaed Amazon.com to Obtain Book Purchasing Records

domingo, 9 de dezembro de 2007

Na blogosfera

As lições de Chang, in ladrões de bicicletas.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Religião e racismo

Ron Paul foi infantil e respondeu ao lado.
O que está em causa não é a fé de Romney, mas a sua pertença a uma organização que foi racista até 1978.

Continue a ler...

A saga chega ao TCP/IP

A polémica chegou ao TCP/IP. Fazer traceroutes geográficos é moda, associada à iliteracia informática e à ignorância sobre protocolos como o TCP/IP e DNS. Afirmar com certeza inabalável que um IP é de Queluz ou Carnaxide releva desconhecimento sobre a política de alocação de IP ranges. A comparação de um IP range contra uma base de dados constituída por países e localizações de acordo com a política de atribuição de IP's do ISP, ou a determinação da latitude e longitude através de heurística avançada é tudo menos uma ciência exacta.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Paradoxo da Omnipotência

Na Filosofia da Religião ocidental, o teísmo consagra tradicionalmente um conjunto de características essenciais à entidade divina. Uma delas é a omnipotência, ou a capacidade de efectuar qualquer acção sem qualquer género de restrição.

Mas esta característica divina cria alguns problemas de cariz filosófico. Vejamos: se um ser pode efectuar uma acção (X), então também pode limitar a sua própria capacidade de efectuar tal acção (X). Logo, não pode efectuar qualquer acção sem restrição. Por outro lado, se um ser omnisciente não puder limitar as suas próprias acções(Y), então existe uma acção que o ser não pode praticar: Y. Se assim for, não pode lhe pode ser atribuída a omnipotência.

Este paradoxo pode ser formulado de forma mais concreta, através do paradoxo da pedra:

"Poderia um ser omnipotente criar uma pedra tão pesada que nem mesmo esse ser a pudesse levantar? Se assim for, parece que esse ser deixaria de ser omnipotente. Se não puder criar uma pedra tão pesada que nem ele mesmo a possa levantar, nunca foi omnipotente."

Formalizando:

(1) Deus pode/não pode criar uma pedra que seja tão pesada que nem ele a possa levantar.
(2) Se Deus puder criar uma pedra tão pesada que nem ele a possa levantar, então Deus não é omnipotente.
(3) Se Deus não puder criar uma pedra tão pesada que nem ele a possa levantar, enão deus não é omnipotente.

Logo:
(4) Deus não é omnipotente.

Mas podemos levar este argumento mais longe. Se definirmos a omnipotência como uma das características essenciais inerentes a Deus (ou seja, uma característica sem a qual um ser não possa ser denominado Deus) e se aceitarmos a conclusão inferida em 4:

(5) Se Deus existe, é omnipotente
(6) Segue de (4) e (5) que Deus não existe.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

"Quis custodiet ipsos custodes?" Parte II

Concluímos o ultimo artigo com o argumento devastador de Platão contra a Democracia. Mas não existirá pontos menos consistentes no argumento do filósofo, a partir dos quais possamos ripostar?

O sistema dos guardiões é, supostamente, uma ditadura. Uma ditadura benevolente, mas ainda assim, de caractér ditatorial. Apesar de os Guardiões que Sócrates propõe não serem os tiranos sedentos de poder que vimos surgir em vários pontos da nossa história, e colhem os frutos de uma educação rica e rigorosa, não serão, acima de tudo, humanos?


Continue a ler...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

"Qui custodiet ipsos custodes?" Parte I

“Qui custodiet ipsos custodes?“, é a frase latina para ‘Quem guardará os guardiões?’

Os leitores que já tiverem tido o prazer de folhear a extensa obra filosófica de Platão reconhecerão a questão enquanto uma das maiores objecções ao governo dos ‘Reis Filósofos’, déspotas iluminados e benevolentes cujo único propósito é governar desinteressadamente em prol da comunidade.

Para os leitores que nunca o fizeram, irei proceder neste artigo à exposição do argumento de Platão contra a Democracia, apresentando os seus argumentos e contrapondo a partir de vários pontos de vista.

Continue a ler...

sábado, 1 de dezembro de 2007

esquentamento global



(via insurgente)

Os negacionistas reconhecem que as suas limitações não se ficam pela distorção da ciência.