quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Steven Colbert

Ainda a propósito da maluqueira neo-conservadora.

3 comentários:

Anónimo disse...

Em relação ao teu comentário:

Bem, questiono-me sobre o suposto comunismo Cubano pois não me revejo ( como comunista ) nele. Tantos principios pelos quais tanto lutamos/luto são desrespeitados lá.
É isso que não compreendo. Como é que alguém como Fidel (outrora um jovem revolucionário com vontade de mudar Cuba para melhor) se contenta com um bom sistema de saúde e ensino e negligencia tudo o resto?


Sim, muitos afirmam que os comunistas vivem num mundo utópico. Pois eu não acho. O problema é que ainda nenhum comunista conseguiu provar que as nossas ideias não são utópicas.

Cumprimentos *

Ah , este homem e o programa em si são uma maravilha de assistir :D

Anónimo disse...

'Para Rouxinol'
Só agora reparei que o blog 'é de várias pessoas'.

Rouxinol disse...

"Como é que alguém como Fidel (...) se contenta com um bom sistema de saúde e ensino e negligencia tudo o resto?"

Ele prefere trocar a qualidade de vida dos cubanos pelo facciosismo político. Ou seja, a revolução deixou de ser um meio de levantar o nível de vida das populações e passou a ser uma vaca sagrada que os impede de ter uma vida melhor. E essa vaca sagrada é alimentada com trejeitos patrióticos, como o "!Patria o Muerte" e outros, muito ao estilo fascista.
O Fidel de certeza que gostaria de ter legitimidade democrática e de permitir liberdade de associação, isso resolveria-lhe imensos problemas, mas ele também sabe que se o fizer, a "revolução" descamba.
Como sabe que vai perder, prefere não jogar.

"Sim, muitos afirmam que os comunistas vivem num mundo utópico. Pois eu não acho. O problema é que ainda nenhum comunista conseguiu provar que as nossas ideias não são utópicas."

O comunismo é uma utopia, segundo a qual, uma economia conseguiria distribuir a riqueza "de cada um segundo as suas possibilidades, para cada um segundo as suas necessidades". Onde o Estado ajudaria a criar as condições para que isso acontecesse e depois extinguía-se (segundo Engels).
Para usar uma metáfora matemática, o comunismo é uma assimptota e a sociedade é a função, que para lá tende sem nunca lá chegar, não por qualquer ineficiência, mas por definição.

Eu acho que é errado declinar responsabilidades, olhando para a história dos regimes ditos comunistas ou socialistas, e esperar que venha uma próxima experiência que faça tudo o que os outros não conseguíram.
É preciso olhar para essas experiências e tentar perceber o que é que correu mal.
E o que correu mal está também nos aspectos teóricos (e não só práticos, como muitos nos querem fazer crer), como a propriedade colectiva dos meios de produção. As experiências socialistas só vêm dar razão aos anarquistas. É impossível extinguir uma autoridade encarregue de despojar uma classe, para que se despoje a si mesma.
Os comunistas são uns tipos bem intencionados, mas que na incumbência de resolver o problema da exploração, acabam por aprisionar o explorado.

Cumprimentos e
obrigado pelo comentário =)