segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Discriminação entre homossexuais



Não é comum que eu fique apreensivo quando associações contra a homofobia, como a ILGA, andam nas bocas do povo por questões de liberdade individual. A justeza da luta não me trás à memória nada de negativo, a menos que a acção deixe de servir apenas a luta e passe a servir outros interesses.
Mohsen Yahyavi, deputado no parlamento iraniano, numa atabalhoada tentativa de suavizar a questão dos (inexistentes) gays condenados, acabou por afirmar que estes são enforcados, mas só se a homossexualidade extravasar o domínio privado como prevê a lei islâmica. Isto pode acontecer com um simples beijo e parece que só aí é que já se justifica a pena.
Nada disto seria motivo de uma nova posta se as constantes capas a que os Irão têm tido direito não discriminassem todos os outros homossexuais que são condenados à morte no Afeganistão, Arábia Saudita, Iémen, Sudão, Mauritânia e Paquistão. Sem retirar valor a uma luta que se deveria estender, por igual, a todos os recantos do globo, parece que há homossexuais e homossexuais. Há uns que têm direito ao reconhecimento mediático, como os jovens Mahmoud Asgari e Ayaz Marhoni, usados na propaganda ideológica para a desumanização do regime iraniano. Depois há outros, oriundos de países aliados, cuja utilidade nestas manobras é nula, assim como o seu valor.

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