quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O mercado da segurança

"That government is best which governs least" Thomas Paine

Deixo umas achegas epigrafadas (tão a ver a classe...) com uma frase que assenta que nem uma luva neste caso. É preciso deixar o mercado da segurança funcionar à vontade, sem burocracias nem estatismos.
Houve um monopólio conquistado por um senhor a quem o Correio da manhã chama "um dos mais importantes empresários da noite portuense" (sem mais considerações), que foi conseguído à custa de um investimento que se materializou em tacos, soqueiras e mão-de-obra especializada.
O proveitoso retorno do take-over do cais conseguído à lei da escassez durou e durou...até que uma nova empresa decidiu entrar no mercado e furar o monopólio. Se o empreendedorismo, per se, já é de louvar, acresce que desta vez o mercado já vale mais, e em vez de tacos e soqueiras, temos armas automáticas. A mão-de-obra teve que evoluir, e se não acompanhou vai ser engolida pela concorrência. Parece ser isso o que se está a passar.
Será que o Estado deve intervir neste mercado para proteger a segurança obsoleta e impedir o salutar desenvolvimento tecnológico?? Se a polícia conseguísse impedir este novo take-over, estaria a boicotar a livre iniciativa e a concorrência. Estaria a promover a obsolescência em detrimento da evolução.

«Não deixem os filhos saírem à noite porque não há segurança. Acabou a segurança na noite» dizem os familiares dos seguranças obsoletos.

É mentira. A insegurança só vai aumentar durante o período deste novo take-over. Depois ela vai diminuir drasticamente, e se calhar até para níveis inferiores aos anteriores, quando um dos grupos, o que tiver melhor pontaria, eliminar o outro e provar em concorrência que é capaz de prestar um melhor serviço em virtude das suas competências na área da associação mafiosa e tactical shooting. Como disse Alípio Ribeiro: "vai parar. Tenho a certeza disso". E depois de parar o mercado terá escolhido o melhor grupo para fazer a segurança.

2 comentários:

Rui Martins disse...

O que eu não percebo é porque não se proibe simplesmente a acção destes senhores, desenquadrados e livres de qualquer controlo policial directo... Falta legislar e a seguir aplicar a Lei. E diluir completamente qualquer suspeita de ligações ou conluios entre estes meliantes e agentes da PSP, que surgiram (para desaparecer) logo no começo destes problemas na noite portuense...

Rouxinol disse...

"O que eu não percebo é porque não se proibe simplesmente a acção destes senhores, desenquadrados e livres de qualquer controlo policial directo"

Isso era uma chatice. Depois os seguranças não podiam fazer os esquemas de controlo de zonas e tráfico de droga, sem correrem o risco de perderem a licença. E lá se iam as comissões...porque pagar à polícia até é mais barato do que pagar a seguranças privados :P

Cumprimentos