domingo, 26 de agosto de 2007

Open library

A Open library é mais um produto do comunismo na internet. Uma biblioteca virtual feita por cada um segundo as suas possibilidades, para cada um segundo as suas necessidades.
Na página inicial têm apenas alguns exemplos de livros digitalizados, mas se vierem aqui ao arquivo, já têm os livros indexados e um motor de busca.

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sábado, 25 de agosto de 2007

A Música e a economia

"Girl, Your Marginal Benefit Is Far Greater Than Your Marginal Cost"



Girl, being with you has always been so tough
With each passing minute, your marginal cost goes up
But my love is inelastic and it all belongs to you
I’m the only love producer, and my good is for you to consume

Because girl your marginal benefit far outweighs your marginal cost
Without our equilibrium baby, you know I’d be lost
Trapped inside this market I need you, to buy my love
Girl without your complementing goods, I’m not enough

Now you say that I’m producing, below my ATC
But I’m optimizing quantity baby, why can’t you see?
We could share this surplus, each and every day
If you would just buy my love, I’ll make my fixed costs go away

Baby I want to keep you for the long run, Oh yeah
I think our supply and demand, will become one…

Because girl your marginal benefit far outweighs your marginal cost
Without our equilibrium baby, you know I’d be lost
Long run equilibrium is no place for me
I need the profits of our love, to grow exponentially.

Via Freakonomics

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Adam Smith



"in competition, individual ambition serves the common good” Adam Smith papagueado em uníssono.

John Nash (interpretado por Russel Crowe): "Adam Smith needs revision (...) If we all go for the blonde, we block each other, and not a single one of us is goin’ to get her. So then we go for her friends, but they will all give us the cold shoulder because nobody likes to be second choice. But what if no one goes for the blonde? We don’t get in each other’s way, and we don’t insult the other girls. That’s the only way we win. That’s the only way we all get laid. Adam Smith said “the best result comes from everyone in the group doing what’s best for himself, right? That’s what he said, right? Incomplete. Incomplete! Because the best result would come from everyone in the group doing what’s best for himself and the group."

in A beautiful mind

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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Why Aren't Conservatives Funny?




Já se imaginava que um programa caracterizado desta maneira, ainda na sua fase exordial, só podia vir a ser cancelado. Mas interessa perguntar, porque é que o programa não teve piada nenhuma?

"conservative humor tends to be an oxymoronic term (...) In America today "liberal" is a broader, more protean category than "conservative." Jon Stewart is a liberal, but neither he nor the Daily Show view things purely through a left-wing prism. Their goal isn't the care and feeding of a single, narrow political constituency." John McQuaid

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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

voucher schools














Para não cair no esquecimento, deixo aqui a discussão que sucedeu o postal Liberty & Learning de António Costa Amaral, que patrocina o modelo de Milton Friedman para o financiamento do ensino por parte do Estado.
Poderão achar demasiado tendencioso, mas eu acho que há ali uma frase que resume a divergência: "Isso é responsabilidade dos pais, não do Estado ou da Sociedade".

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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cuba (2)

"Existe democracia suficiente para mudar o que quer que seja a nivel de assembleias locais." xatoo















"em Cuba elegem-se todos os seus dirigentes políticos da base ao topo" João Valente Aguiar.

Urge postar algo sobre o assunto, antes que a democracia em Cuba se oficialize na blogosfera. Essa coisa que é a "democracia" cubana é feita com candidatos independentes porque em Cuba não há direito de associação, excepto para o Partido Comunista Cubano que catapulta os seus candidatos através dos Comités de Defensa de la Revolución, que não só servem os propósitos da fachada eleitoral, como têm rédea solta para malhar nos dissidentes.

E mesmo que independentes eleitos por uma maioria descontente com o regime cheguem ao poder legislativo, será que podem mudar alguma coisa? Não podem! porque a Constituição limita:

A liberdade de escolha de um modelo económico por parte dos cidadãos

Artigo 1: “Cuba es un Estado socialista de trabajadores”

A liberdade de associação contrária aos fins socialistas

Artigo 7:”El Estado socialista cubano reconoce y estimula a las organizaciones de masas y sociales, surgidas en el proceso histórico de las luchas de nuestro pueblo, que agrupan en su seno a distintos sectores de la población, representan sus intereses específicos y los incorporan a las tareas de la edificación, consolidación y defensa de la sociedad socialista.”

A imparcialidade na formação

Artigo 39: “3. promover la educación patriótica y la formación comunista de las nuevas generaciones y la preparación de los niños, jóvenes y adultos para la vida social.”

A liberdade de expressão

Artigo 53: “Se reconoce a los ciudadanos libertad de palabra y prensa conforme a los fines de la sociedad socialista.”

Em suma, há uma ditadura em Cuba, e não vale a pena relativizar.

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Steven Colbert

Ainda a propósito da maluqueira neo-conservadora.

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Jornalismo fardado






Do público - o nosso pasquim de referência - retiro este título. Não merecia melhor scan.
Posso-vos garantir que li o artigo de fio a pavio e fiquei sem perceber o que é que Hugo Chávez vai fazer. Só percebi que quer permanecer "indefinidamente no poder" e consolidar "a revolução socialista".
Só ouvindo da boca do próprio:



Uma proposta para retirar da Constituição a limitação de mandatos do chefe de Estado, tal como existe em Itália e em França.
Pode ser a democracia a regredir na Venezuela, copiando os nossos modelos "ditatoriais". Eu não concordo com a reeleição contínua, mas não me parece correcto apelidar os outros de ditadores apenas porque não concordamos com as suas políticas, ainda que tenham clara representatividade, e por isso legitimidade.

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A menina voltou...

Depois de uns tempos de relativo sossego, a menina voltou. Mesmo em cima do veto presidencial.
A esse propósito deixo aqui mais uma teoria da conspiração, evadida das reuniões anuais da Bilderberg (onde a privacidade e o secretismo se confundem) para o livro do Daniel Estulin.
Tudo não passa de um golpe publicitário para fazer pairar um medo de tal forma epidémico que levará os pais a adquirem "microchips" da VeriChip.
Isto apesar de o grupo o negar: "What does VeriChip NOT do? (...) Tracking individuals (e.g. children, government officials) through an implanted RFID microchip. VeriChip's implantable microchip does not have the capabilities to offer such service since it does not have built-in Global Positioning System (GPS) support or long-range wireless communications."

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domingo, 5 de agosto de 2007

Diz o roto ao nú

"Apesar de tudo, é preferível que a extrema-esquerda apoie abertamente os regimes totalitários - demonstrando inequivocamente o seu desprezo pela democracia liberal"
André Azevedo Alves

Há alguma razão que explique o uso da expressão "democracia liberal", e não apenas da palavra democracia?? Se há, também seria preferível que os insurgentes clarificassem aos leigos se desprezam a democracia, a menos que dela resulte um projecto liberal.
Citando Hayek "Personally I prefer a liberal dictator to democratic government lacking liberalism."

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sábado, 4 de agosto de 2007

A polémica sobre Márcia Rodrigues











O que é que acabaram de censurar todos os bloggers que atacaram Márcia Rodrigues? Exactamente aquilo que dizem apregoar, ou seja, a liberdade.
Foi tamanha a histeria em relação ao suposto servilismo da senhora, que por momentos eu cheguei a pensar que a dita devia ter optado por ser servil aos que pensam que os valores do ocidente (recordo: LIBERDADE!!) se estereotipam numa mini-saia, ou noutra qualquer provocação pueril.

Vou deixar aos mesmos alguns elementos para uma análise semelhante, sobre:

Paulo Portas





















Mário Soares










Manuel Alegre

















António Costa


Adenda: Ver a entrevista aqui (a partir dos 17 minutos e 20 segundos).

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Cuba

O xatoo, no post quem são os do Bloqueio? afirma que:

"afinal é verdade que existe liberdade para esta gente se deslocar onde muito bem entende. Entram e saem onde muito bem querem quando muito bem lhes apetece."

Tal não corresponde à verdade, e para o saber basta citar a lei:

ARTICULO 1.-Los ciudadanos cubanos, para salir del territorio nacional o entrar al mismo, deberán poseer expedido a su nombre, alguno de los siguientes documentos:



a) Pasaporte Diplomático

b) Pasaporte de Servicio

c) Pasaporte Oficial

ch) Pasaporte Corriente

d) Pasaporte de Marino

Los que poseyeran pasaporte Corriente, deberán además obtener el correspondiente permiso de entrada o de salida, otorgado por el Ministerio del Interior.


Portanto, sim. É verdade que podem sair quando bem lhes apetece, mas isso é se o governo deixar.

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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Imposto inflacionário

Passeava pelo Quintus e dei com as "BerkShares". Ao que parece, são umas notas emitidas pelos bancos de Berkshire, para aí serem usadas. Desconheço quais os motivos que permitem que outro tipo de moeda esteja em circulação (uma explicação é bem-vinda).
O que estas notas me fizeram lembrar foi a discussão anterior, de como os impostos são um roubo aos indivíduos, e que portanto a fuga não é mais do que um acto de defesa do contribuinte.
Num gesto de boa vontade, e seguindo a mesma linha de raciocínio, proponho que se acrescente ao roubo, o monopólio que Estado tem para a criação de moeda. É que ao contrário dos outros impostos, a este não há fuga possível.
Se o mercado regula bem todos os aspectos da vida económica, também deverá ser o mercado a criar a moeda, e não o Estado. Até porque o Estado não devia ter o direito de se financiar à custa da depreciação da minha riqueza.

"Como ficou demonstrado pelos esforços vãos de todos os que se debruçaram sobre o assunto -- de S. Tomás de Aquino a Karl Marx -- tentar arranjar uma definição de «valor» que não passe pela de «mercado» é uma empresa votada ao fracasso. Vou colocar o problema de uma forma esquelética e simplificada, para facilitar a sua abordagem por partes:

1) A moeda surge para tornar possível o comércio em sociedades onde o bartering primitivo deixa de ser prático («toma lá um frango e repara-me o esquentador» já não é prático, a não ser para fugir aos impostos).

2) Existiu desde sempre, como para toda a classe de bens com uma função determinada, um mercado para a moeda.

3) Historicamente, e por motivos perfeitamente racionais, a moeda que melhor se revelou foi, naturalmente, a que reuniu características como: manutenção de valor intrínseco, durabilidade, portabilidade, possibilidade de fraccionamento, consistência etc. Por isso o ouro é mais valioso como moeda que o cobre, o cobre que o chocolate ou os cigarros, estes que a palha etc. Os próprios nomes de certas moedas modernas indicam as suas origens como unidades de peso de metais amoedados: libra, marco, dólar (o «táler» centro-europeu) etc.. De um modo geral, e apesar das viciações introduzidas na sua composição pelos senhores privilegiados que a cunhavam (através da adulteração dessa composição), o valor que cada moeda representava era o valor existente no mercado para a substância que a compunha.

4) Com o início da actividade bancária, os banqueiros (que fornecem serviços úteis, como a guarda e aplicação dos valores que lhes são confiados) começaram a emitir «notas bancárias» que qualquer um podia trocar no banco por um valor real. Essas notas valiam o seu valor nominal em metal amoedado, e a confiança que o banco inspirava quanto à sua capacidade de em cada momento honrar os levantamentos solicitados dependia da sua actuação, dentro do que a lei permitia.

5) O que é que impedia que um determinado banqueiro começasse a colocar em circulação mais notas que os valores nos seus cofres? Em princípio, nada, a não ser a quebra de confiança do público. Num mercado livre onde a emissão de moeda é privada, não há um perigo real de catástrofe colectiva com uma depressão a longo prazo porque, no mercado do dinheiro, a reputação de segurança é recompensada com a confiança do público e a suspeita de desonestidade punida de modo inverso. Tudo o que se verifica é. como sucede desde que existe actividade bancária, uma sucessão de ciclos de inflação e recessão atenuados e normais (e, é claro, falências e desastres de bancos e depositantes individuais imprudentes pelo meio).

6) Imaginemos agora que um determinado banqueiro consegue pela força reservar exclusivamente para si o privilégio de fazer «notas bancárias» com circulação legal. Pode argumentar que o faz para bem da sociedade e «para evitar as leis cegas do mercado», pemitindo a actividade bancária comercial dos outros, mas reservando para si o direito de imprimir «notas de valor» com circulação permitida. É evidente que a partir daqui nada poderá evitar uma política inflacionária sistemática, a não ser o interesse do tal «banqueiro armado» em evitar o descalabro económico total através de estratagemas sucessivos (que não podem durar para sempre).

7) Na prática é assim que as coisas funcionam hoje em dia. Claro que do mesmo modo que nenhum estado lança impostos ilimitados que provocariam a ruína imediata e a revolta, também nenhum governo emite moeda de forma totalmente descontrolada porque sabe que o resultado seria a total desvalorização da moeda e a paralização da actividade económica. Mas aquilo que não é feito de forma absoluta e súbita, vai sendo feito de foma lenta e dissimulada. E assim, apesar do progresso tecnológico e da possibilidade de produção de bens em grande abundância, os preços não cessam de subir e as moedas convencionais de se desvalorizar desde o século XIX.

8) Como é que os governos fazem para dissimular a sua actividade inflacionária sistemática? Em vez de imprimirem dinheiro novo, fazem com que a banca comercial (estatizada ou não) -- na realidade dependente dos bancos centrais de cada país (únicos que podem fabricar dinheiro), pratique uma política de «falsificação» análoga à que antes descrevi. Ou seja, o governo através do seu banco / fábrica de dinheiro estabelece-se como garante da banca comercial, determinando os níveis «aceitáveis» de reservas que cada banco deve ter e o crédito que pode conceder. Cria-se uma situação em que a banca comercial empresta dinheiro que não tem mas que é garantido pelo banco central, exactamente como se as rotativas tivessem sido postas a funcionar, mas sem necessidade de o fazer até que alguma circunstância de força maior a isso obrigue. E além disso, inventam-se outras formas de viciação. Por exemplo: nos Estados Unidos o banco central compra bens (ou valores tais como obrigações emitidas pleo próprio estado) com «cheques» que não são descontáveis no banco central (que apenas tem contas dos bancos comerciais e do governo) mas apenas despositáveis num banco comercial. Assim, não só um determinado bem é comprado com dinheiro que não existe, como este permite a um banco comercial ficar de posse de um cheque que deposita no banco central aumentando as suas reservas e obtendo autorização para expandir ainda mais o seu crédito fictício... Passamos assim de uma situação em que o estado punha as rotativas a funcionar e emitia moeda com um valor fictício, para outra em que cria dinheiro fantasma sem mesmo o imprimir.

9) Para disfarçar este mecanismo inflacionário sistemático, e para dominar alguns dos seus sintomas mais óbvios, confundem-se muitas vezes os sintomas com a causa em si. E assistimos assim ao espectáculo periódico -- à medida que os efeitos se vão somando -- dos governantes (e seus economistas de serviço) a denunciarem os hábitos de «consumo exagerado» por parte do público, as subidas de preço praticadas pelos produtores «sedentos de lucro» etc., como se existissem misteriosos «padrões ideais» determinados fora do funcionamento do mercado. Mas na realidade, embora conjunturas específicas possam acelerar ou retardar a inflação sistemática, a sua causa primeira e profunda é só uma: o controlo do estado sobre a emissão da moeda.

E chegado a este ponto, passo a formular a minha crítica ao seu ponto de vista: a «quantidade ideal» de moeda em circulação já não é coisa relevante porque outros mecanimos existem que não requerem valor, metal ou sequer papel. Uma vez retirado o controlo que o proprio ciclo económico exercia sobre a emissão livre de notas bancárias, a única coisa que o crédito baseado no vento requer é justamente o «fiat» dos políticos. É o que já existe, com ou sem fixação -- «ideal» ou outra qualquer -- da «moeda visível» em circulação!..

Recordo-lhe aqui as seguintes palavras de Alexandre Herculano em 1877, em carta a Oliveira Martins:

«A questão única de doutrina que me parece haver em toda essa embrulhada, é a da emissão de notas: se há-de ser livre, se restrita, se monopolizada. Liberdadeiro empedernido no pecado, adopto a primeira solução em toda a sua amplitude. [...] O socialista vê no indivíduo a coisa da sociedade; o liberal vê na sociedade a coisa do indivíduo [...] A bank-note é uma coisa boa: activa a circulação dos valores, representa o representante mercadoria; é uma roda adicional na engrenagem económica, que lhe aumenta a força e a rapidez dos resultados. Deixem-na funcionar naturalmente e à vontade. [...] Quem corrije o erro, a exageração, a falsidade da avaliação total? A confiança ou desconfiança pública. E basta. [...] Não prendam a bank-note: prendam o falsário que representou um crédito que não tinha meio de realizar em dinheiro, ou pela posse de moeda efectiva, ou de valores realizáveis, ou pela eficácia do próprio crédito. [...] Do que levo dito já vê o meu amigo que eu acho tanta razão à liberdade por privilégio que tinham certos bancos do Porto de emitir notas, como aos intuitos do governo de monopolizar esse privilégio no banco nacional, que já me roubou 60 por cento nas suas notas com curso forçado e que remediou tudo passando a chamar-se em vez de banco de Lisboa, banco de Portugal.»

A queixa do Herculano, multiplicada vezes sem conta, é a história financeira do Ocidente nos últimos 150 anos, do ponto de vista do assalariado ou pequeno produtor. E o aumento de bem estar social que inegavelmente se verifica não é «devido» a este estado de coisas, mas «apesar» dele (e das catástrofes generalizadas que periodicamente provoca), graças sobretudo ao enorme progresso tecnológico e científico.

Soluções a partir da conjuntura actual de exportação da dívida, vícios e distorções acumulados no Ocidente para as economias nascentes do Oriente (enquanto isso for possível!)? Não sei! Mas parece-me relativamente fácil determinar o momento em que o mal original se instalou e em que sentido se deveria caminhar. Se fosse possível encontrar na actualidade modos de permitir que fossem os próprios mercados da moeda e do crédito a autoregular-se -- eventualmente com o estado remetido para uma posição de fiscalização e prevenção de vigarices -- talvez isso não fosse má ideia, mas infelizmente não vejo como se pode desmontar a maquinaria infernal que construímos sem uma catástrofe a curto prazo.

Tudo o que nos resta fazer é ir adiando, inspirados talvez na boutade do Keynes: «a longo prazo estaremos todos mortos». Deram-lhe ouvidos para o resto; agora os descendentes que se amanhem. E depois, no mais longo prazo ainda, esperam os optimistas, alguma coisa há-de aparecer..." Pedro Botelho

Deixo aqui o resto da discussão que surgiu no admirável mundo novo com o Diogo, exactamente a este propósito.

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Anarco-capitalismo





















"se um dia tivesse de facto armas adequadas, não teria qualquer problema moral em entrar no banco de portugal com os meus recibos de descontos e resgatar imediatamente aquilo que é moralmente meu. E, claro faria o Vitor Constâncio assinar uma declaração semelhante àquela que sou obrigado a preencher todos os anos (...) Estou a defender a fuga generalizada aos impostos de modo a fazer colapsar o sistema actual" Filipe Melo Sousa

A citação não dispensa a leitura integral da discussão que se gerou à volta do post "Ser aldrabão compensa".
Da discussão extrai-se uma conclusão: o Estado é tão necessário como pode ser agressor. Parece que se resume à eficiência na aplicação do "valor espoliado".

E depois de alcançada a eficiência desejável, como reduzir o peso do Estado?

Aqui surge a discórdia. Há os leninistas do liberalismo que vêem o Estado como um bicho-papão. Sempre que há um aumento da receita fiscal, o Estado aproveita, não para baixar os impostos, mas para pôr a prima do ministro a abrir buracos e o toni do partido a fechar os buracos que a prima do ministro abriu. E portanto, como o Estado não pode resolver os problemas dos quais ele é a causa, a solução é a "luta de classes" (versão liberal) entre o Estado e o contribuinte, onde o último usa as armas que tem para obrigar o primeiro a ser mais eficiente, já que sozinho ele não o é.
Depois temos os kautskianos do liberalismo, que preferem ir pelo passeio. Mas não se livram das contradições inerentes a um partido que usa instrumentos colectivos (criados com riqueza espoliada) para defender o fim da espoliação que possibilita a existência desses mesmos instrumentos. Querem defender os direitos da ovelha, caucionando um sistema que permite aos dois lobos, legislar sobre a vida da ovelha.

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