sábado, 22 de março de 2008

Terceira intifada no Tibete




É nestes vídeos que se confirma o relato de James Miles, correspondente para o The Economist, o único com autorização para reportar os confrontos em Lhasa. Conta-nos que enquanto entrevistava um monge no interior de um mosteiro, um jovem de etnia Han, a etnia maioritária na China, pede auxílio e refúgio no interior, aterrorizado por vândalos que perseguem e agridem o comum transeunte, culpado por associação étnica, ao mesmo tempo que pilham e incendeiam o seu pequeno comércio, como podem ver neste testemunho de um turista australiano.
De um dos incêndios ateados, 5 raparigas chinesas viriam a falecer, como aqui vem noticiado.

O rastilho foi incendiado por um boato, de que a polícia chinesa teria assassinado monges junto ao templo Jokhang, o resto foi a reprodução fiel de uma Kristallnacht ou de outros progroms pouco recomendáveis.
Há algo que escapa nas manifestações que pululam um pouco por todo os consulados da China no mundo ocidental. Aliás, escapa muita coisa sempre que se fala do Tibete. Há uma sinistra personagem que capitaliza sempre o descontentamento tibetano perante a ditadura que mais viola os direitos humanos a nível mundial.
O regime feudal que o pateta alegre chefiou não lhe deu créditos, parece que precisa de contrabalançar com os crimes dos outros para se sentir feliz.

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O ateísmo agnóstico e a domesticação das religiões

Da caixa de comentários do fiel inimigo, vale a pena compendiar esta discussão para desmontar os preconceitos que repousam nas alminhas mais conservadoras. Tem a ver com questões que o eco deixado pela religião numa certa direita dogmática, não deixou que se desenvolvessem fora dos trilhos da esquerda, por medo de serem apanhados e culpados por associação. O facto de se ter levantado novamente esta questão, prova isso mesmo.



O ateísmo agnóstico

O ateísmo e o agnosticismo respondem a questões diferentes, e por isso, não são mutuamente exclusivos.

(1) Deus existe?
(2) Acreditas em Deus?

O agnosticismo e o ateísmo, respondem a (1) e (2) respectivamente. O agnosticismo, como o definido por Huxley, é um método e não uma crença, que aceita que fiquem sem resposta as questões que nos transcendem. Esta é uma posição partilhada por muitos teístas, exactamente porque separam a crença do conhecimento, e não tomam uma pela outra. Uma crença não tem que ser demonstrada (teísmo), tal como a sua inexistência (ateísmo).
Se me perguntarem se eu acredito em Deus, eu direi que não. Serei um ateu, alguém que não tem a crença em entidades divinas. Não ter a crença numa entidade divina, não é a mesma coisa que ter a crença na inexistência de uma entidade divina (este é o busílis da questão). E por isso posso ser ateu (não ter crenças) e agnóstico (deixar sem resposta as dúvidas existenciais que sustentam as crenças dos outros). É exactamente isso o que me considero.

A domesticação das religiões

Convém começar por explicar que a domesticação das religiões e a redução da sua influência nos poderes públicos foi sempre feita por imposição da sociedade, e não por iniciativa da própria. É portanto a sociedade que domestica a igreja, e não a igreja que se domestica a ela própria.
Tanto assim é, que a mesma crença que aqui aparenta ser um "felino domesticado", no Rwanda ou no Uganda serve de encosto moral a exércitos genocidas, raptores e que utilizam crianças nas suas fileiras para a prossecução dos objectivos mais lunáticos.


(clicar na imagem para aprender mais...)

As sementes do ódio estão na bíblia. A submissão do ser humano aos superiores desígnios da escolástica. O abandono do pensamento racional.
A religião é uma poderosa arma que não pode cair nas mãos erradas. Aquilo que se foi fazendo na Europa resume-se a um longo e diplomático processo de alegorização dos disparates bíblicos, feita com complexas hermenêuticas e paciência de santo. A bíblia também condena à morte os judeus, os homossexuais, os infiéis, os ateus, os adúlteros e adúlteras. Hoje ninguém liga. Ao invés, um enorme número de muçulmanos ainda liga a estes disparates. É só esse trabalho de domesticação que têm que fazer.

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terça-feira, 11 de março de 2008

A avaliação dos professores



A marcha da estagnação por Valupi.

Sim, e agora? por João Pinto e Castro

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domingo, 2 de março de 2008

Da prova de ganância



"O presidente do Banco Central do país mais pobre da União Europeia, ganha cinco vezes mais que o presidente do Banco Central do país mais rico do mundo!"

Um assunto muito bem explorado em A verdade [pdf].

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