Deus não é grande
(via atlântico)
Reparei que muitos dos sites donde retiro informação, declaram às claras o seu apoio a Ron Paul. Só a título de exemplo: cremation of care; free-market news; liberty think; prison planet e o raiders news network.
Eu não gosto do candidato e continuo a gostar dos portais. É algo que também se faz nos grandes meios de comunicação e que se devia começar por cá. A certeza da parcialidade é sempre preferível a qualquer tentativa de imparcialidade, que por aquilo que implica, é sempre uma incerteza.
O Flávio decidiu meter-me novamente em trabalhos. Desta vez tenho que estar a ler um livro com 161 páginas e transcrever a 5ª frase. Decidi que vale a pena deixar um pouco mais do que uma frase:
"A todos quantos importar saber informamos de que Lázaro da Costa jamais se indignificou pelo exercício do ofício de talhador de reses, e de que tão-só praticou, conforme se tornaria de nosso indiscutível conhecimento, no contrato de partidas de gado que vendia aos talhos, o que não será de molde a reputá-lo de mecânico que haja desempenhado actividade inconciliável com o título que lhe cabe, de cavaleiro da Ordem de Santiago, herdado de resto de seu pai, Martinho Machado Pinto, o qual o reconheceu como prémio concedido por El-rei Dom Pedro, nosso Senhor, em recompensa pelos feitos lavrados pelo seu progenitor, Domingos Rodrigues Pinto, aquando das guerras travadas contra os nossos inimigos, e designadamente em paga da valorosa defesa de Vila de Rei, na qual desbaratou os que a acometiam, salvando as populações portuguesas das atrocidades das tropas espanholas."
Camilo Broca de Mário Cláudio
Assistido por Rouxinol ás 22:30 0 episódios de emergência
Protocolos: Blogosfera
Ken Williams era o Mayor em Centerton, no Arkansas, até o jornal "The Benton County Daily Record" ter denunciado a vida dupla que este levava e que expunha num site, onde revela a sua vida pessoal.
No site, o Mayor narra uma história bizarra que começa em 1975, com um pastor baptista, Don LaRose, que desaparece deixando o carro abandonado num local onde ocorreriam reuniões satânicas. Só passados 11 anos é que este recupera a memória com a ajuda de sódio-amital, em sessões de narcoanálise administradas pelo Dr. DeHaan.
Bruce Kent Williams redescobre o dia em que foi raptado e electrocutado numa carrinha, tendo depois acordado como um vagabundo nas ruas de Chicago. Diz ele que preferiu guardar segredo para proteger a família.
Advinha-se um best-seller...
Assistido por Rouxinol ás 20:25 2 episódios de emergência
Protocolos: teorias da conspiração
Não é comum que eu fique apreensivo quando associações contra a homofobia, como a ILGA, andam nas bocas do povo por questões de liberdade individual. A justeza da luta não me trás à memória nada de negativo, a menos que a acção deixe de servir apenas a luta e passe a servir outros interesses.
Mohsen Yahyavi, deputado no parlamento iraniano, numa atabalhoada tentativa de suavizar a questão dos (inexistentes) gays condenados, acabou por afirmar que estes são enforcados, mas só se a homossexualidade extravasar o domínio privado como prevê a lei islâmica. Isto pode acontecer com um simples beijo e parece que só aí é que já se justifica a pena.
Nada disto seria motivo de uma nova posta se as constantes capas a que os Irão têm tido direito não discriminassem todos os outros homossexuais que são condenados à morte no Afeganistão, Arábia Saudita, Iémen, Sudão, Mauritânia e Paquistão. Sem retirar valor a uma luta que se deveria estender, por igual, a todos os recantos do globo, parece que há homossexuais e homossexuais. Há uns que têm direito ao reconhecimento mediático, como os jovens Mahmoud Asgari e Ayaz Marhoni, usados na propaganda ideológica para a desumanização do regime iraniano. Depois há outros, oriundos de países aliados, cuja utilidade nestas manobras é nula, assim como o seu valor.
Assistido por Rouxinol ás 19:29 0 episódios de emergência
Protocolos: Actualidade
Assistido por Rouxinol ás 23:36 2 episódios de emergência
Protocolos: Actualidade, economia
Para se perceber porque é que as críticas do CDS-PP nada têm a ver com padrões de exigência. Como se para além dos resultados escolares, houvessem diferenças entre um aluno que faz o frete de ir picar o ponto, ocupando o período das aulas a distrair os colegas, e outro que embora não meta lá os pés, consegue melhores resultados que o primeiro.
Assistido por Rouxinol ás 04:09 1 episódios de emergência
Protocolos: Actualidade
E ao que parece já está no portal da comissão europeia, senão vejam aqui:"Para satisfazer a crescente procura, aqui está um vídeo do Presidente Durão Barroso na sua juventude. O vídeo mostra o estudante de direito de 19 anos na Universidade de Lisboa em 1975, durante o período revolucionário de Portugal, altura em que lutava pelos direitos dos estudantes".
Justiça lhe seja feita. O gesto revela poder de encaixe e enterra as acusações de pressão para a retirada do vídeo.
Assistido por Rouxinol ás 03:47 0 episódios de emergência
Protocolos: Actualidade, Blogosfera
Aprovo e reitero a tese conspirativa desenvolvida por Nuno Ramos de Almeida sobre o professor Pedro Arroja. A diferença é que ele não é um infiltrado qualquer, é simplesmente genial. Desde a privatização dos rios até ao choque de civilizações entre os judeus e os católicos, Pedro Arroja exibe da forma mais despudorada o pensamento íntimo não verbalizado da direita liberal-liberal e liberal-conservadora.
Não percam as cenas dos próximos capítulos no Portugal Contemporâneo.
Assistido por Rouxinol ás 15:55 0 episódios de emergência
Protocolos: teorias da conspiração
É complicado concretizar o projecto mais colectivo e isolacionista que o mundo conhece, deixando ao critério individual o julgamento dos propósitos para os quais trabalham, e se calhar, sob os quais foram concebidos.
Em primeiro lugar temos que nos socorrer do sentimentalismo e garantir que a sua afectação turva qualquer apreciação lógica. Depois apanhamos as franjas com qualquer coisa que careça de demonstração e feche a mente em raciocínios circulares capazes de estontear o mais audaz dos pensadores.
Essa coisa tem que condizer, ou pelo menos não contrastar, com os tons de vermelho com que se pintam as efígies do regime. Não pode por isso ser o trivial deus monoteísta, nem o Cristo-el-más-grande-socialista-de-la-historia.
É perante este problema que eu tenho que tirar o chapéu ao regime norte-coreano, que conseguiu substituir deus da forma mais criativa de que alguém se poderia lembrar.
Este senhor que vocês vêem na figura é o actual Presidente da Coreia do Norte. "Estranho!" dirão alguns "Nunca o tinha visto em lado nenhum". Pois não, e a razão para nunca o terem visto em nenhum dos despiques diplomáticos em que a Coreia do Norte esteve metida nos últimos tempos, é porque este homem morreu há 13 anos atrás. "E como é que ele chefia o Estado estando morto há 13 anos??" perguntarão os mais atrevidos. É aqui que entram os poderes celestiais consagrados pela Constituição, demasiado profundos, insondáveis aos homens, perdidos na vulgaridade das coisas terrenas. Os outros, os norte-coreanos, esses percebem como é que o país se governa com o cargo de chefia do Estado vago para a eternidade, ou ocupado por aquela entidade celestial que ainda ninguém provou por a+b, ter deixado de governar. É por isso e não só que o povo ainda pára para celebrar o seu aniversário e chorar na data da sua morte.
O filho do actual e falecido chefe de Estado, Kim Jong Il, também é um pouco mais do que um homem, embora não receba a divindade que o estatuto do pai lhe conferiu. Reza a lenda, difundida pela biografia oficial do primeiro-ministro (o filho) e contrariada pelo Wikipédia com base em "factos", que no momento do seu nascimento na mais alta montanha da Coreia do Norte, o céu aclarou onde um arco-íris se esbateu e os pássaros cantaram.